O poeta Mário Quintana
Nascimento: 30
de julho de 1906 em Alegrete - Morte: 05 de
maio de 1994 (84 anos) em Porto Alegre
Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30
de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana,
farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos,
auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio
do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.
No ano de 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.Em 1915, ainda em Alegrete, freqüentou a escola do mestre português
Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nessa época
trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de
Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir
seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da
Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio. Por motivos de saúde, em 1924 deixa o Colégio Militar. Emprega-se na
Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. A
Livraria era uma editora de renome nacional.
No ano seguinte, 1925, retorna a Alegrete e passa a trabalhar na
farmácia de seu pai. No ano seguinte sua mãe falece. Seu conto, A Sétima
Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de
Notícias, de Porto Alegre.
O pai de Quintana falece em 1927. A revista Para Todos, do Rio de
Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista
Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.
Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio
Grande, que era dirigida por Raul Pilla. No ano seguinte a Revista do
Globo e o Correio do Povo publicam seus poemas.
Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com
a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário
do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre.
Volta a Porto Alegre, em 1931, e à redação de O Estado do Rio Grande.
O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua
autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a
Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat,
Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia
Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa
colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do
francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a
língua francesa.
Retorna à Livraria do Globo, onde trabalha sob a direção de Érico Veríssimo, em 1936.
Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista
lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o
título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora
Globo.
A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos, é lançada em
1940 pela Editora Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a
figurar em livros escolares e antologias.
Em 1943, começa a publicar o Do Caderno H, espaço diário na Revista Província de São Pedro.
Canções, seu segundo livro de poemas, é lançado em 1946 pela Editora Globo. O livro traz ilustrações de Noêmia.
Lança, em 1948, Sapato Florido, poesia e prosa, também editado pela
Globo. Nesse mesmo ano é publicado O Batalhão de Letras, pela mesma
editora.
Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma
modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios
literários. Foi publicado pela Editora Fronteira, de Porto Alegre.
Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro Espelho Mágico, uma
coleção de quartetos, que trazia na orelha comentários de Monteiro
Lobato.
Com seu ingresso no Correio do Povo, em 1953, reinicia a publicação
de sua coluna diária Do Caderno H (até 1967). Publica, também, Inéditos e
Esparsos, pela Editora Cadernos de Extremo Sul – Alegrete (RS).
Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros A
Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz
de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada
pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul.
Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes
Campos, é publicada sua Antologia Poética, em 1966, pela Editora do
Autor – Rio de Janeiro.
(Fontes: Wikipédia e seus livros publicados)
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